sexta-feira, 7 de maio de 2010

As amoras pretas retardam o cancro alterando centenas de genes

sexta-feira, 7 de maio de 2010
Uma nova pesquisa sugere fortemente que uma mistura de agentes preventivos, tal como os que podem ser encontrados em amoras pretas, podem inibir de forma muito eficaz o desenvolvimento do cancro, quando comparados com o poder de prevenção de agentes individuais e inibidores de um único gene.
Os investigadores do Comprehensive Cancer Center da Universidade de Ohio examinaram o efeito das amoras pretas liofilizadas nos genes alterados por um químico cancerígeno em cobaias animais com cancro do esófago.
O elemento cancerígeno afectou a actividade de 2.200 genes esofágicos nos animais em apenas uma semana, mas 460 destes genes foram restaurados à sua actividade normal nos animais que consumiram pó liofilizado da amora preta como parte da sua alimentação durante a experiência e exposição ao elemento cancerígeno.
Estes resultados, publicados na recente edição do Jornal para a Pesquisa do Cancro, também ajudou a dentificar 53 genes que podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento precoce de cancro e que podem consequentemente ser alvos importantes para agentes preventivos.
“Mostrámos claramente que as bagas das amoras pretas, que contêm uma variedade de compostos anti-cancerígenos, têm um vasto efeito no genoma e nos genes envolvidos no desenvolvimento do cancro,” diz o Dr. Gary D. Stoner, professor de Patologia, Nutrição Humana e Medicina, que se encontra a desenvolver o estudo sobre o papel de agentes dietéticos na prevenção do cancro esofágico.
“Isto sugere-nos que uma mistura de agentes preventivos, tais como os que as bagas fornecem, possa mais eficazmente prevenir o cancro do que um único agente que alveje somente um ou alguns genes.”
Stoner faz referência ao facto que as amoras pretas possuem na sua composição nutricional vitaminas, minerais, fenóis e fitoesteróis, muitos dos quais conhecidos pelo seu importante papel na prevenção de cancro em animais.
Para conduzir este estudo, Stoner e os seus colegas alimentaram ratos de laboratório com uma dieta normal ou com uma dieta que continha 5 por cento de pó da amora preta. Durante a terceira semana, metade dos animais de cada grupo foi injectado três vezes com um composto cancerígeno químico, N-nitrosometilbenzilamina. Os animais continuaram a consumir as respectivas dietas durante a semana de tratamento cancerígeno.
Após a terceira semana, os investigadores examinaram o tecido esofágico dos animais, registando desse modo as alterações dos genes que ocorreram durante a exposição cancerígena. A sua análise implicou o registo de actividade, ou níveis de expressão, de 41,000 genes. Nos animais alimentados com uma dieta normal, 2.261 destes genes mostrou alterações de actividade em 50 por cento ou mais.
“Estas alterações na expressão dos genes estão relacionadas com as mudanças nos tecidos celulares, como uma maior proliferação das células, inflamações e apoptose (ou “morte celular progaramada”), afirma Stoner.
“Estas mudanças na expressão de gene correlacionaram com as mudanças no tecido que a maior proliferação de pilha incluída, a inflamação marcada, e o apoptosis aumentado,” Stoner dizem.
Nos animais alimentados com suplemento de pó de amora preta, um quinto dos genes afectados com distúrbios cancerígenos – exactamente 462 genes – mostraram níveis normais de actividade, quando comparados com os de controlo. A maioria destes genes estão associados com proliferação e morte celular, crescimento de novos vasos sanguíneos e outros fenómenos físicos que contribuem para o desenvolvimento do cancro. O tecido celular também parecia mais saudável.
Por último, dos 462 genes que foram restaurados aos níveis normais devido ao pó de amora preta, 53 deles foram também normalizados por um segundo agente preventivo testado durante um estudo complementar.
“Porque tanto as bagas das amoras pretas como o segundo agente preventivo conseguem manter os níveis normais de expressão destes 53 genes, acreditamos que a sua desfiguração precoce poderá ser especialmente importante no desenvolvimento do cancro do esófago,” afirma Stoner.
“O que está emergindo dos estudos sobre quimioprevenção do cancro é que a utilização de compostos únicos não é suficiente. E as bagas também não serão suficientes só por si. Nunca conseguiremos obter 100 por cento de inibição de tumores cancerígenos através das bagas apenas. Precisamos de pensar noutros alimentos cuja mistura de agentes preventivos consiga aumentar exponencialmente a capacidade quimiopreventiva das amoras pretas”, finaliza Stoner.
Fonte: ScienceDaily


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Cancro

No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro.

A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.

O cancro é a proliferação anormal de células.

O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.

Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor mas, nem todos os tumores correspondem a cancro.

Nos países da Europa e América do Norte o cancro mais frequente no homem tem sido o da próstata e o cancro mais mortal no homem tem sido o do pulmão; o cancro mais frequente na mulher é o da mama e o cancro mais mortal na mulher é o do pulmão.

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