terça-feira, 1 de junho de 2010

O cancro é uma doença genética

terça-feira, 1 de junho de 2010
Aproximadamente um em cada três europeus desenvolve um cancro ao longo da sua vida. A transformação de uma célula normal numa célula numa célula cancerosa é causada por uma acumulação de alterações genéticas sucessivas. Algumas dessas alterações ocorrem espontaneamente, outras são induzidas pelo ambiente e outras ainda são herdadas. Identificar um cancro hereditário é muito importante para a sua prevenção e tratamento.
O corpo humano corresponde a uma complexa sociedade composta por milhares e milhares de células que vivem em perfeita harmonia. Para que o corpo seja saudável, todas as células devem colaborar entre si. Porém há células que passam a ter um comportamento diferente, proliferando de modo descontrolado e dando origem a tumores. Estas células acabam por invadir e destruir as células normais.
Todas as alterações de comportamento das células cancerosas são devidas a perturbações no seu material genético ou ADN. No corpo humano adulto, cada órgão mantém a sua forma e tamanho constantes. Isto quer dizer que o número total de células não se altera. Na pele, por exemplo, as células das camadas mais superficiais vão progressivamente morrendo e soltam-se como minúsculas escamas. Há sempre uma nova célula que nasce e que vem substituir a que morre. As células sabem quando se devem reproduzir. Através de um conjunto de sensores que recebem sinais do exterior transmite-se ordem aos genes. O problema acontece quando um destes genes que controla a divisão celular perde a sua estrutura química normal. A alteração química da molécula de ADN faz com que a célula se divida independentemente de receber ou não sinal para o fazer. Assim, o número das células vai progressivamente aumentando, dando origem a um tumor.

Uma cópia com erros

Cada vez que uma célula se divide, tem de copiar todo o seu material genético para a célula filha. Ora, ao fazer essa cópia podem ocorrer erros. Assim, quanto mais vezes uma célula se divide, maior a probabilidade de surgirem erros. Algumas alterações tornam o tumor mais agressivo, dando-lhe capacidade de invadir as células vizinhas e colonizar outros órgãos (formação de metástases).
As alterações genéticas causadoras do cancro, são alterações espontâneas na estrutura química da molécula de ADN, ou erros na cópia do material genético durante a divisão celular. Em qualquer dos casos as alterações ocorrem ao acaso, pelo que seria de esperar que a incidência de cancro fosse semelhante para todas as pessoas. No entanto, quando se estuda a frequência dos vários tipos de cancro na população mundial, detectam-se grandes variações. Por exemplo, o cancro da pele (melanoma) é muito mais frequente na Austrália do que no Japão, o cancro do fígado é muito mais frequente na China do que no Canada, e o cancro da mama é muito mais frequente no Norte da Europa do que na China. Esta grande variação deve-se ao facto de que, para além das modificações químicas aleatórias, o cancro é também causado pela hereditariedade e pelo ambiente (dieta, tabaco, infecção por certos vírus e exposição a radiação).

Quando tem cancro causa hereditária?

Quando vários membros de uma família sofrem de cancro, particularmente se sofrem do mesmo tipo de cancro, este tem causa hereditária. Quando, numa família, o avô paterno sofreu de cancro da próstata, e a prima da mãe teve cancro da mama, provavelmente não há razão para pensar em cancro hereditário. Porém, se a avó materna e uma irmã da mãe tiveram cancro da mama, já se deve suspeitar de cancro da mama hereditário. Quando uma pessoa tem familiares com cancro deve aconselhar-se com o seu médico no sentido de perceber se corre, ou não, risco de vir a ter um cancro hereditário.
Apesar de todos os cancros terem como causa uma serie de alterações genéticas, a grande maioria dos cancros não são hereditários. Nos cancros não hereditários, as alterações genéticas ocorrem ao longo da vida do indivíduo e não são transmissíveis aos seus filhos. Enquanto nos cancros hereditários, as alterações genéticas é passada de pais para filhos. Estas alterações não são, por si só, suficientes para causar cancro, mas aumenta muito a probabilidade de vir a ter cancro.
Entre os cancros com causa hereditária mais frequente encontra-se o cancro do cólon e o cancro da mama.
Quando um médico suspeita de um cancro família, solicita um teste genético para confirmar o diagnóstico. No caso de o teste ser feito a uma pessoa já com cancro, um resultado positivo tem consequências importantes. Primeiro, para o tratamento da própria pessoa (o modo de tratar um cancro hereditário pode ser distinto de tratar um cancro não hereditário). Segundo, para alerta os filhos e filhas dessa pessoa para o risco de terem recebido o gene alterado. Quando uma pessoa saudável (isto é, sem cancro) faz o teste e tem um resultado positivo, esta pessoa passa a ter indicação para fazer um programa de vigilância específico de modo a detectar, o mais precocemente possível, o eventual aparecimento de cancro.

0 comentários:

Enviar um comentário

Cancro

No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro.

A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.

O cancro é a proliferação anormal de células.

O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.

Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor mas, nem todos os tumores correspondem a cancro.

Nos países da Europa e América do Norte o cancro mais frequente no homem tem sido o da próstata e o cancro mais mortal no homem tem sido o do pulmão; o cancro mais frequente na mulher é o da mama e o cancro mais mortal na mulher é o do pulmão.

O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.



Visita ao Laboratório da Crioestaminal

Visita ao Laboratório da Crioestaminal

Peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro

Peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro
Este é o único comprovativo do grupo a dizer a quantia do peditório que realizamos.

Foto de grupo aquando do peditório.