Nos últimos anos, os passos dados no combate ao cancro, têm sido de grande importância. O maior factor de combate foi o desenvolvimento científico dos meios auxiliares de diagnóstico (ecografias, tomografia axial computorizada - TAC ou a ressonância magnética) para uma detecção precoce. Por outro lado, o incremento da quimioterapia e dos processos cirúrgicos veio, igualmente, contribuir para que a esperança de vida seja cada vez maior nos indivíduos afectados por cancro.
Não devemos, no entanto, esquecermo-nos que essa esperança de vida é maior quanto mais cedo for detectada a neoplasia.
A prevenção é, neste caso, uma das nossas armas mais poderosas.
Colo do útero
É o cancro mais fácil de prevenir. Um simples teste, feito pelo seu ginecologista ou médico de família, pode detectar alterações celulares. Se a malignidade for constatada, saiba que há entre 80% e 90% de possibilidades de sobrevivência, desde que detectado em fase inicial.
O que pode fazer
Proteja-se
-mude para uma pílula anticoncepcional de baixa dosagem hormonal, de preferência após consulta médica.
-diminua o uso de tabaco ou se possível deixe de fumar
-faça o exame Papanicolaou uma vez em cada dois anos, antes dos 40, e anualmente após essa idade.
Atenção aos sinais
-sangramento após a relação sexual ou entre as menstruações (metrorragias)
-dor durante a relação sexual (dispareunia)
-dor abdominal
Como controlar
O teste Papanicolaou é realizado peelo médico ginecologista ou clínico geral, que colhe o material no próprio consultório (durante o exame de rotina) e o encaminha para um laboratório. Durante o teste, as células são removidas, sem dor, do colo do útero e examinadas para despiste de anormalidade.
IMPORTANTE: se costuma ter feridas no colo do útero (cervicites), mantenha um controlo regular junto do seu ginecologista. Essas feridas são comuns, mas exames e uma observação constante e regular são fundamentais para a detecção precoce de transformações neoplásticas.
Ovários
A maioria dos quistos nos ovários são inofensivos e o tipo mais comum de malignidade encontrada pode ser tratado com sucesso se for detectado precocemente. Acredita-se não haver muita relação de hereditariedade.
O que pode fazer
Proteja-se
- verifique a sua história familiar
-considere o uso de pílulas anticoncepcionais de baixa dosagem. Acredita-se que o risco possa ser reduzido para metade, já que as modificações que acontecem naturalmente no corpo no período menstrual, e que podem provocar anormalidades, são reduzidas quando controladas.
Atenção aos sinais
-alterações menstruais
-dores nas costas
-dores abdominais (baixos ventre)
-náuseas
-inchaço abdominal
-cansaço/astenia
Como controlar
A detecção através de utra-sonografia está a ser desenvolvida. Ela aponta anormalidades, mas não ainda com a precisão necessária para diferenciar quistos benignos e malignos. Pode ser necessário recorrer ao TAC (ou a ressonância magnética) para ter a certeza das características do quisto. A ultra-sonografia é utilizada em grupos de alto risco:
-acima dos 45 anos
-com histórico familiar de cancro de ovário
Pulmões
Este cancro deve-se, entre outras causas, ao fumo. Deixar de fumar não apenas reduz o risco deste cancro como também uma serie de outras doenças como:
-ataque de coração. Doenças cardiovasculares.
-alergias
-sinusites
-cancro do estômago
O que pode fazer
Proteja-se
-não fume e procure evitares lugares com fumo
Atenção aos sinais
-tosse ou rouquidão persistente
-falta de ar (dispeneia)
-tosse com sangue (hemoptises)
-perda de peso e fraqueza
-Falta de apetite
Como controlar
Provavelmente o médico recomendará um Raio X de rotina caso a pessoa sofra com persistência de algum dos sintomas indicados. Em caso de dúvidas sobre a informação do Raio X pode ser feito um estudo mais pormenorizado através de uma tomografia ou um TAC, para despiste da situação.
Estômago
Uma alimentação mais saudável parece ser a chave para a redução do cancro no estômago. E isso nunca foi tão fácil de fazer. Prefira alimentos integrais, como o trigo, leite e cereais. Eles são ricos em fibras e ajudam a digestão para além de favorecerem a eliminação de toxinas do organismo. Dê especial importância aos alimentos frescos.
O que pode fazer
Proteja-se
-tenha uma dieta equilibrada. Diminua a carne vermelha e os alimentos gordurosos
-aumente a ingestão de vegetais e fibras
Atenção aos sinais
-náuseas e dores abdominais
-más digestões (dispepsia)
-perda de peso e apetite
-vómito de sangue
-sensação de plenitude gástrica
Como controlar
Caso haja desconfiança dos sintomas, pode ser feita endoscopia (introdução de um tubo pela boca/nariz), com biopsia (remoção de uma pequena amostra para exame). Só o médico pode fazer o diagnóstico.
Seios
Os auto-exames regulares (logo após a menstruação) podem detectar mudanças. Não perca tempo se suspeitar de algo anormal, mas lembre-se: mais de metade de todos os caroços encontrados são inofensivos. Contudo, se já há casos de cancro da mama na sua família, fique vigilante.
O que pode fazer
Proteja-se
-examine os seios mensalmente
-conheça a história familiar
-não fume
-evite as gorduras
-amamente (vai libertar a hormona prolactina que protege contra o cancro da mama.
Atenção aos sinais
-nódulos ou engrossamento aparente na pele dos seios, axilas ou ao redor das clavículas
-enrugamento dos mamilos e aréolas (pele de laranja)
-Secreção nos mamilos ou fissuras
-dor
Como controlar
O exame dos seios através da mamografia está cada vez mais generalizado e deve ser feito por mulheres entre os 50 e os 65 anos, de três em três anos. Se pertencer a um grupo de risco (tem familiares que tiveram cancro de mama, foi mãe depois dos 35 anos ou não tem filhos, teve menstruação precoce ou menopausa tardia), deve fazer o exame anualmente.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Uma batalha a vencer
Publicada por Oncologia à(s) 08:45 terça-feira, 1 de junho de 2010Etiquetas: noticias
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Cancro
No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro.
A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.
O cancro é a proliferação anormal de células.
O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.
Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor mas, nem todos os tumores correspondem a cancro.
Nos países da Europa e América do Norte o cancro mais frequente no homem tem sido o da próstata e o cancro mais mortal no homem tem sido o do pulmão; o cancro mais frequente na mulher é o da mama e o cancro mais mortal na mulher é o do pulmão.
O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.
A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.
O cancro é a proliferação anormal de células.
O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.
Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor mas, nem todos os tumores correspondem a cancro.
Nos países da Europa e América do Norte o cancro mais frequente no homem tem sido o da próstata e o cancro mais mortal no homem tem sido o do pulmão; o cancro mais frequente na mulher é o da mama e o cancro mais mortal na mulher é o do pulmão.
O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.
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