O cancro do estômago é o nome comum da neoplasia maligna da epididimo do estômago denominada melhor como carcinoma gástrico, que constitui quase 95% das neoplasias malignas deste órgão. Apesar de teoricamente qualquer tipo de célula poder dar origem a um cancro, outras células gástricas raramente são a origem de neoplasias malignas.
Progressão e Sintomas
Inicialmente os sintomas são os de uma possível úlcera péptica gástrica ou de gastrite, contudo a grande maioria das úlceras pépticas não são cancerosas. Mesmo assim, a maior parte dos diagnósticos é efectuada aquando do diagnóstico de uma úlcera gástrica. As úlceras cursam com dor após as refeições e falta de apetite e se não são tratadas podem a longo prazo degenerar em carcinomas. É frequentemente assintomático na fase inicial, o que explica o seu mau prognóstico.
Se o cancro não é detectado na fase inicial, ele dissemina-se, primeiro directamente para a parede do duodeno ou esófago, e depois via cavidade peritoneal, via sanguínea e linfática para qualquer órgão, formando metástases, especialmente no fígado e pulmão. Estes estágios avançados têm pior prognóstico.
Sintomas comuns das fases mais avançadas são a dor permanente e intensa na região, central logo abaixo das costelas, do estômago (região epigástrica), por vezes irradiando para as costas; falta de apetite e emagrecimento rápido (caquexia típica de qualquer condição maligna). Se o tumor está localizado no piloro do estômago, pode haver estenose com vómitos após as refeições, que aliviam as dores. A perda continua de pequenas quantidades de sangue pode passar despercebida mas também pode causar anemia microcítica por défice de ferro. Por vezes em casos avançados a massa tumoral pode ser sentida directamente pela palpação. Outros sintomas possíveis são a ascite.
Tratamento
O tratamento é cirúrgico, mas apenas em casos detectados nos estágios mais iniciais é provável a cura. Por vezes é efectuada uma gastrectomia parcial, mas frequentemente todo o estômago é removido (gastrectomia), sendo feita uma anastomose (comunicação) entre o esófago e o duodeno. O paciente fica limitado a alimentos pastosos e líquidos por toda a vida.
Em casos em que já ocorreu metastização disseminada, o tratamento é com quimioterapia ou meramente paliativo, com administração de opióides.
Dos casos detectados precocemente e tratados por gastrectomia, mais de 90% vivem mais de 5 anos, correspondendo a maioria a curas verdadeiras. Apenas cerca de 15% dos doentes diagnosticados com carcinoma do estômago avançado vivem além de 5 anos após o diagnóstico, mesmo com tratamento.
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