quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cancro do Pulmão

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A maioria das formas de cancro do pulmão tem a sua origem nas células dos pulmões; no entanto, o cancro também pode propagar-se (metástase) ao pulmão a partir de outras partes do organismo como por exemplo a mama, o cólon, o rim, a tiróide, o estômago, o colo do útero, os testículos, os ossos e a pele.
O cancro do pulmão, responsável por 1,2 milhões de mortes anualmente afecta predominantemente os homens, no entanto a percentagem deste cancro nas mulheres tem vindo a aumentar em decorrência do aumento do tabagismo.

TIPOS DE CANCRO DO PULMÃO
Os tumores que têm início no pulmão, dividem-se em dois grupos principais: cancro do pulmão de não-pequenas células e cancro do pulmão de pequenas células, dependendo de qual o aspecto das células envolvidas, quando observadas ao microscópio. Estes dois tipos de cancro do pulmão, crescem e metastizam de formas diferentes, ou seja, têm um comportamento distinto e, como tal, são também tratados de forma diferente.
O cancro do pulmão de não-pequenas células, é mais comum que o cancro do pulmão de pequenas células e, geralmente, cresce e metastiza mais lentamente, ou seja, tem um comportamento menos agressivo. Existem três sub-tipos de cancro do pulmão de não-pequenas células; a sua designação provém do tipo de células onde o tumor se desenvolve: carcinoma de células escamosas (também chamado carcinoma epidermóide), adenocarcinoma e cancro pulmonar de grandes células.
O cancro do pulmão de pequenas células, por vezes chamado de cancro das células em "grão de aveia", é menos comum que o cancro do pulmão de não-pequenas células. Este tipo de tumor cresce mais rapidamente, e é mais provável que metastize para outros órgãos.

CAUSAS
O hábito de fumar cigarros é a causa principal de cancro do pulmão, pelo facto do tabaco possuir carcinógenos. A exposição a estas substâncias causa mudanças cumulativas no DNA do tecido que recobre os brônquios dos pulmões (o epitélio brônquico). Quanto mais o tecido é lesionado, maior a hipótese de desenvolvimento do cancro.
Uma proporção reduzida de cancros do pulmão (entre 10 % e 15 % nos homens e 5 % nas mulheres) é consequência das substâncias que se encontram ou que se aspiram no local de trabalho. Trabalhar com amianto, radiação, arsénico, crómio, níquel, éter clorometílico, gás mostarda e emissões de coque dos fornos relaciona-se com o cancro do pulmão, embora, geralmente, só nas pessoas que também fumam cigarros.
Está por determinar o papel que a poluição do ar desempenha como causadora do cancro do pulmão. A exposição ao gás radão em ambiente doméstico pode ser importante num número reduzido de casos. Às vezes, algumas formas de cancro do pulmão, especialmente o adenocarcinoma e o carcinoma de células alveolares, verificam-se em pessoas cujos pulmões têm cicatrizes produzidas por outras doenças pulmonares, como a tuberculose e a fibrose.
As causas e formas de prevenção do cancro do pulmão continuam a ser estudadas. No entanto, sabemos que a melhor forma de prevenir o cancro do pulmão é deixar de fumar (ou nunca começar). Quanto mais cedo deixar de fumar, melhor. Mesmo que tenha fumado durante muitos anos, nunca é tarde demais para beneficiar dos benefícios de deixar de fumar.

SINTOMAS DE ALERTA
Os sintomas e sinais mais comuns de cancro do pulmão incluem:
- Tosse que não desaparece e que piora com o passar do tempo;
- Dor constante no peito ou no abdómen;
- Tosse acompanhada de sangue;
- Dor na coluna vertebral (região dorsal);
- Falta de ar, asma ou rouquidão;
- Problemas recorrentes, com pneumonia ou bronquite;
- Inchaço do pescoço e rosto;
- Perda de apetite ou de peso;
- Fadiga;
- Chiado no peito.
- Difonia (representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz).
- Dificuldade em engolir.
- Febre
- Cor da pele torna a ser mais amarelada.
- Queda de cabelos da cabeça e pubianos.
- Microbolhas pela pele.
- Unhas crescendo em deformação.
- Cheiro do corpo diferente principalmente atrás das orelhas.

Na maioria das vezes, estes sintomas não estão relacionados com um cancro, e podem, ainda, ser provocados por tumores benignos ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o problema tão cedo quanto possível.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor. Se tem estes sintomas, não espere até ter dor, para consultar o médico.

DIAGNÓSTICO
Para ajudar a encontrar a causa dos sintomas, o médico avalia a história médica da pessoa, o histórico como fumador, a exposição ambiental ou ocupacional a determinadas substâncias e a história familiar de cancro. O médico efectua, ainda, um exame físico e pode pedir uma radiografia (raio-X) torácica (embora esta possa não detectar os pequenos tumores), entre outros exames. Se há suspeita de cancro do pulmão, pode ser útil fazer uma citologia da expectoração (exame microscópico das células obtidas de uma amostra de muco dos pulmões, obtido através da tosse); é um teste simples. Para confirmar a presença de cancro do pulmão, o médico tem de examinar tecido do pulmão. Através de uma biópsia, ou seja, removendo uma pequena amostra de tecido, para exame ao microscópio por um patologista, pode ser confirmado um cancro do pulmão. Para obtenção deste tecido, podem ser seguidos vários procedimentos:
- Broncoscopia: o médico insere um broncoscópio (um tubo fino e iluminado), dentro da boca ou nariz e "empurra-o" através da traqueia, para ver as passagens de ar. Através deste tubo, o médico pode recolher células ou pequenas amostras de tecido.
Aspiração por agulha: é inserida uma agulha no tumor, através do peito, para remoção de uma amostra de tecido.
- Toracocentese: usando uma agulha, o médico remove uma amostra do fluido que envolve os pulmões, para procurar células cancerígenas.
Toracotomia: a cirurgia para abrir o peito é, algumas vezes, necessária para diagnosticar o cancro do pulmão. Este procedimento é uma grande operação e é sempre realizada no hospital.
A classificação das formas de cancro baseia-se no tamanho do tumor, na sua possível propagação aos gânglios linfáticos próximos e na sua possível expansão a órgãos distantes. As diversas categorias denominam-se fases. Cada fase de um cancro tem o seu tratamento mais apropriado e permite ao médico estabelecer o prognóstico.

TRATAMENTO
O tratamento depende de uma série de factores, incluindo o tipo de cancro do pulmão: cancro do pulmão de pequenas células, o tamanho, a localização, a extensão do tumor e o estado geral de saúde da pessoa. Podem ser usados diferentes tratamentos e associações de tratamentos, para controlar o cancro do pulmão e/ou para melhorar a qualidade de vida da pessoa, através da redução dos sintomas.

CIRURGIA
A cirurgia é uma operação para remoção do tumor. O tipo de cirurgia realizada depende da localização do tumor, no pulmão. Uma operação para remoção de apenas uma pequena parte do pulmão, chama-se ressecção segmentar ou em cunha. Quando o cirurgião remove um lobo inteiro do pulmão, o procedimento chama-se lobectomia. A pneumectomia corresponde à remoção total de um pulmão. Alguns tumores não são operáveis, ou seja, não podem ser removidos por cirurgia, devido ao seu tamanho ou localização; por outro lado, algumas pessoas não podem ser submetidas a cirurgia, por outros motivos médicos.

Quimioterapia
A quimioterapia é a utilização de fármacos anti-cancerígenos, para matar células tumorais em todo o organismo. Mesmo após a remoção do cancro do pulmão, as células cancerígenas podem, ainda, estar presentes em tecidos vizinhos ou noutro local do organismo. A quimioterapia pode ser usada para controlar o crescimento do tumor ou para aliviar os sintomas. Grande parte dos fármacos anti-cancerígenos, são administrados por injecção directa numa veia (IV), ou através de um catéter (tubo fino colocado numa veia grande, e que fica colocado enquanto for necessário). Alguns fármacos anti-cancerígenos são administrados por via oral, sob a forma de comprimidos.

Radioterapia
Terapia por radiação, também chamada de radioterapia, envolve a utilização de raios de elevada energia, para matar as células cancerígenas. A radioterapia é direccionada para uma área limitada e afecta as células cancerígenas apenas na área onde incidiu. A radioterapia pode ser usada antes da cirurgia, para diminuir o tamanho de um tumor, ou após a cirurgia, para destruir quaisquer células cancerígenas que tenham ficado na área tratada. Muitas vezes o médico usa a radioterapia, combinada com a quimioterapia, como tratamento primário do tumor, em vez da cirurgia. A radioterapia também pode ser usada para aliviar os sintomas, como por exemplo a falta de ar. A radiação, no tratamento do cancro do pulmão vem, normalmente, de uma máquina (radiação externa). A radiação também pode provir de um implante (pequeno contentor de material radioactivo), colocado directamente no tumor ou perto deste (radiação interna ou braquiterapia).

Terapêutica Fotodinâmica
Terapêutica Fotodinâmica (PDT), um tipo de terapêutica por laser, envolve o uso de um químico especial, que é injectado na corrente sanguínea e absorvido pelas células, em todo o organismo. O químico deixa rapidamente as células normais, mas permanece nas células cancerígenas, durante mais tempo. Um raio laser, dirigido para o tumor, activa o químico que mata, então, as células que o absorveram. A terapêutica fotodinâmica pode ser usada para reduzir os sintomas de cancro do pulmão, por exemplo, para controlar as perdas de sangue ou para aliviar problemas respiratórios, devido a vias respiratórias obstruídas, quando o tumor não pode ser removido pela cirurgia. A terapêutica fotodinâmica também pode ser usada para tratar tumores muito pequenos, em pessoas para quem os tratamentos usuais para o cancro do pulmão não são adequados.
Para muitas pessoas com cancro do pulmão, a participação em ensaios clínicos (estudos de investigação) é uma opção. Em alguns estudos, todas as pessoas recebem o novo tratamento; noutros, as diferentes terapêuticas são comparadas: algumas pessoas recebem o novo tratamento e outras recebem a terapêutica habitual (padrão). Através da investigação, estão a ser explorados novos métodos, possivelmente mais eficazes, de tratar o cancro do pulmão.

Tratamento do Cancro do Pulmão de não-pequenas células
O cancro do pulmão de não-pequenas células, pode ser tratado de diversas formas. A escolha do tratamento depende, principalmente, do tamanho, localização e extensão do tumor. A cirurgia, é o tratamento mais comum para este tipo de cancro do pulmão. A criocirurgia, um tratamento que congela e destrói o tecido cancerígeno, pode ser usada para controlar os sintomas, nos estádios mais avançados do cancro do pulmão de não-pequenas células. A radioterapia e a quimioterapia, também podem ser usadas para atrasar o progresso da doença e para controlar os sintomas.

Tratamento do cancro do pulmão de pequenas células
O cancro do pulmão de pequenas células, metastiza rapidamente. Em muitos casos, quando a doença é diagnosticada, as células cancerígenas já se disseminaram para outras partes do organismo. Para atingir as células cancerígenas, em todo o organismo, quase sempre é feita quimioterapia. O tratamento também pode incluir radioterapia, dirigida ao tumor no pulmão ou a tumores noutras partes do corpo, tal como o cérebro. Alguns doentes fazem radioterapia ao cérebro, apesar de não ter sido encontrado qualquer tumor. Este tratamento, chamado radioterapia profilática ao crânio, é feito para prevenir que se formem tumores no cérebro. A cirurgia, faz parte do plano de tratamentos de um pequeno número de pessoas com cancro do pulmão de pequenas células.

EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Tendo em conta que, provavelmente, o tratamento do cancro danifica células e tecidos saudáveis surgem, assim, os efeitos secundários. Alguns efeitos secundários específicos dependem, principalmente, do tipo de tratamento e sua extensão (se são tratamentos locais ou sistémicos). Os efeitos secundários podem não ser os mesmos em todas as pessoas, mesmo que estejam a fazer o mesmo tratamento. Por outro lado, os efeitos secundários sentidos numa sessão de tratamento podem mudar na sessão seguinte. O médico irá explicar os possíveis efeitos secundários do tratamento e qual a melhor forma de os controlar.

Cirurgia
A cirurgia do cancro do pulmão é uma grande operação. Após a cirurgia do pulmão, o ar e os fluidos tendem a acumular-se no peito. Muitas vezes, a pessoa necessita de ajuda para se virar, tossir e respirar profundamente. No entanto, estas actividades são importantes, para recuperação, porque ajudam na expansão do restante tecido pulmonar e porque ajudam a eliminar o excesso de fluido e ar. Depois de uma cirurgia para o cancro do pulmão, é comum haver dor ou fraqueza no peito e no braço, bem como falta de ar. Para readquirir a energia e força "normais", podem ser necessárias várias semanas ou meses.

Quimioterapia
A quimioterapia, afecta tanto as células normais como as cancerígenas. Os efeitos secundários dependem, essencialmente, dos fármacos específicos e da dose (quantidade de fármaco administrada). Os efeitos secundários mais comuns da quimioterapia são náuseas e vómitos, perda de cabelo, feridas na boca e cansaço.

- Radioterapia
A radioterapia, tal como a quimioterapia, afecta tanto as células normais como as células cancerígenas. Os efeitos secundários da radioterapia dependem, principalmente, da zona do corpo que está a ser tratada e da dose de tratamento. Os efeitos secundários mais comuns da radioterapia são: garganta seca e inflamada, dificuldade em deglutir, cansaço, alterações na pele, no local do tratamento e perda de apetite. A radioterapia no cérebro, pode provocar dor de cabeça, alterações na pele, cansaço, náuseas e vómitos, perda de cabelo, problemas com a memória e processos intelectuais.

Terapêutica Fotodinâmica
A terapêutica fotodinâmica torna a pele e os olhos sensíveis à luz, durante aproximadamente 6 semanas, ou mais, após o tratamento. A pessoa deverá ser alertada para evitar a luz do sol, directa e luz forte interior durante, pelo menos, 6 semanas. Se a pessoa tiver que sair de casa, é necessário usar roupa protectora, incluindo óculos de sol. Outros efeitos secundários da PTD podem incluir tosse, dificuldade em engolir, dor ao respirar e falta de ar. Deverá falar com o médico, relativamente ao que fazer se a pele apresentar bolhas, vermelhidão ou inchaço. Se tal acontecer, avise o seu médico.
Em qualquer estádio da doença, podem ser administrados medicamentos para controlar a dor e outros sintomas do cancro, bem como para aliviar os possíveis efeitos secundários do tratamento. Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte, para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.

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Cancro

No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro.

A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.

O cancro é a proliferação anormal de células.

O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.

Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor mas, nem todos os tumores correspondem a cancro.

Nos países da Europa e América do Norte o cancro mais frequente no homem tem sido o da próstata e o cancro mais mortal no homem tem sido o do pulmão; o cancro mais frequente na mulher é o da mama e o cancro mais mortal na mulher é o do pulmão.

O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.



Visita ao Laboratório da Crioestaminal

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Peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro

Peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro
Este é o único comprovativo do grupo a dizer a quantia do peditório que realizamos.

Foto de grupo aquando do peditório.